A greve dos caminhoneiros que
parou o país na semana do dia 20 de maio interrompeu diversos ramos da economia,
entre eles a distribuição de combustíveis. No dia 24 de maio, durante uma
reunião entre Agetran e Consórcio Guaicurus ficou acordada a redução da frota
ao estilo “operação férias”, para que o diesel em estoque durasse até a chegada
de um novo carregamento. Diferente da operação férias comum, os “fresquinhos”
foram retirados de circulação, pois consomem mais diesel do que os demais
carros convencionais por possuírem ar condicionado. Agora, o Consórcio Guaicurus anunciou para a imprensa que pensa em extinguir o serviço executivo,substituindo por ônibus com ar para as linhas convencionais.
Ônibus executivo da Viação São Francisco na garagem (como se fosse novidade).
As linhas executivas são linhas que ligam bairros ao centro/shopping e que são operadas por ônibus equipados com ar condicionado, poltronas acolchoadas e preço diferenciado: R$ 4,50. Atualmente são 23 ônibus executivos divididos entre 11 linhas. Todavia, é comum ver ônibus convencionais operando essas linhas, seja por manutenção ou por pura economia (a Viação São Francisco é campeã em oferecer esse desserviço para a população).
Micro-ônibus operando a linha executiva 592 (Universitária 2/Shopping).
Até o início do ano eram 12
linhas executivas, porém a linha 290 (Mata do Jacinto/Praça Ary Coelho/Shopping
Bosque dos Ipês) foi extinta. Além da extinção da linha 290, a linha 191 perdeu
seu reforço no período da manhã e a tarde; a linha 292 que antes tinha dois
fixos passou a operar com um carro fixo e um reforço; a linha 390 que era
integral virou linha reforço rodando apenas no pico com dois ônibus (e nem
sempre executivos); a linha 491 que antes tinha dois fixos passou a operar com
um carro fixo e um reforço; a linha 592 que rodava aos sábados até ás 13h não
roda mais e a linha 593 que era integral virou linha reforço, rodando apenas no
pico.
Ônibus executivo operando a extinta linha 290.
As linhas executivas foram
criadas no final da década de 90 e início da década de 2000, muitas ainda com
os itinerários de quase 20 anos atrás (não só um problema das executivas, mas
de praticamente todas as linhas). De 2010 pra cá foram criadas duas linhas
executivas, a 292 (Coophasul/Nasser/Shopping Campo Grande) e a 492 (Zé Pereira/Shopping
Campo Grande), linhas estas criadas pela necessidade dos bairros atendidos ao
longo do percurso que faziam estas serem linhas bem demandadas e com intervalos
entre 30 e 40 minutos, mas, com a operação precária das empresas, tiveram alta
queda na demanda, assim como as outras 10.
Ônibus na linha 191 que perdeu seu reforço na onda de cortes do começo do ano.
Agora, em 2018, o Consórcio
anuncia a extinção das linhas que tem demanda 100% pagante e que usa tais como
fuga de linhas convencionais lotadas e demoradas. Fica a dúvida no ar: será que
quem usa as linhas executivas, após a extinção de tal serviço, migrarão para as
demais linhas ou recorrerão a outros meio de transporte alternativos?
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