Pular para o conteúdo principal

Consórcio pede paciência, mas motoristas não descartam greve

Pela segunda vez dentro de um mesmo ano, o transporte coletivo corre risco de nova paralisação. A desculpa, apresentada pela empresa, é a mesma da primeira vez: falta de recursos. Com isso, motoristas que operam as mais de 100 linhas do transporte coletivo da capital ameaçam nova paralisação, nos mesmos moldes da que ocorreu em 21 de junho na capital, onde o coletivo não circulou durante todo o dia, voltando apenas a operar após a confirmação do pagamento do vale dos trabalhadores, programado para cair no dia 20 de cada mês.

O Consórcio

Em nota enviada aos motoristas, o Consórcio Guaicurus informa que:

"O Consórcio Guaicurus vem, através deste comunicado, informar-lhes que o atraso no pagamento dos salários do corrente mês (dezembro/22; os valores deveriam ter sido creditados ontem, 6.12.22) decorre exclusivamente das dificuldades financeiras que o Sistema de Transporte vem enfrentando.

A situação é extremamente penosa para o Consórcio, que valoriza o trabalho de todos os colaboradores acima de qualquer discussão.

Todos os esforços têm sido envidados para, em conjunto com o Município de Campo Grande/MS, regularizar a situação no menor tempo possível."

Os Motoristas

Motoristas que preferiram não se identificar informaram que o sindicato está acompanhando de perto a situação, e está aguardando até o final do dia para decidir, em conjunto com os funcionários, se haverá paralisação nos próximos dias, e se ela será parcial, durante apenas algumas horas, como já aconteceu anteriormente, ou se ela será total, como aconteceu em junho deste ano.

O Poder Público

Até o presente momento, nenhum órgão do poder público regulador do transporte coletivo se manifestou sobre a ameaça de paralisação. 






Comentários

  1. Como assim...transporte mais caro do Brasil não ter como pagar os profissionais?

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Sistema de cores do transporte de Campo Grande: pode enterrar.

Os mais saudosistas se lembram com carinho quando em 1992 foi inaugurado o SIT em Campo Grande, sistema integrado de transportes, com a construção dos terminais Bandeirantes e General Osório. Este sistema, baseado no de Curitiba, trouxe uma nova divisão de linhas e alterou a pintura dos ônibus, antes cada empresa tinha sua pintura, após a implementação deste sistema, a pintura foi padronizada com 4 cores, eram elas: Amarelo: Linhas convencionais, que fazem trajeto centro-bairro.  Vermelho: Linhas troncais, que fazem trajeto terminal-terminal passando pelo centro ou terminal-centro.  Verde: Linhas interbairros, que fazem trajeto terminal-terminal mas sem passar pelo centro.  Azuis: Linhas alimentadoras, fazem trajeto bairro-terminal.

Alteração de Frota em duas importantes linhas da capital.

O mês de outubro trouxe uma grande mudança na operação de duas das principais linhas de transporte coletivo de Campo Grande. Doze veículos articulados, com idade entre 14 e 11 anos foram aposentados, para substituí-los vieram 24 novos veículos convencionais, na suposta troca 2 por 1 que o Consórcio Guaicurus já havia sinalizado na imprensa que faria. Com a redução da frota de articulados da cidade as linhas afetadas foram 085 (T. Júlio de Castilho/ T. Morenão) e a linha 070 (T. Bandeirantes/ T. General Osório) que perderam todos seus veículos articulados e receberam uma nova ordem de serviço (tabela que indica número de veículos e horários que estes devem cumprir em uma linha). Articulado que, até o mês de outubro, circulava pela linha 085

Análise dos dados da pesquisa Origem / Destino de Campo Grande - MS Parte 2

Na segunda parte das análises dos dados da pesquisa Origem / Destino encomendada pelo Consórcio Guaicurus, focaremos na origem destino propriamente dita, ou seja, de onde para onde as pessoas se movem na cidade. Essas informações seriam muito úteis para o replanejamento das linhas de ônibus da cidade, mas como dito nas análises anteriores, o relatório traz números com pouquíssimas análises em cima deles. Nesse texto tentamos simplificar ou pelo menos trabalhar esses números de forma diferente para obter mais informações.  Foto na formatação original de uma das tabelas presente na pesquisa e apresentada nessa análise. A  cidade foi dividida em nove regiões, numerada na pesquisa da seguinte forma: